O ex-deputado federal David Miranda morreu na manhã desta terça-feira, aos 37 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o dia 6 de agosto de 2022 para tratar uma infecção gastrointestinal, e foi alvo de infecções sucessivas, em um quadro de septicemia.
David Miranda foi eleito para o cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro em 2018, com uma expressiva votação, sendo o primeiro parlamentar negro e LGBT eleito pelo estado. Ele era filiado ao partido Psol e fazia parte da ala mais à esquerda da sigla.
Durante seu mandato, Miranda defendeu pautas relacionadas aos direitos LGBT, à legalização da maconha e à defesa da privacidade e liberdade na internet. Ele também foi um dos principais opositores do governo Bolsonaro, tendo atuado ativamente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News, além de ter denunciado diversos casos de violações de direitos humanos no país.
David Miranda era casado com o jornalista Glenn Greenwald, com quem tinha dois filhos. Greenwald, conhecido por ter divulgado as informações vazadas pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, publicou uma nota em seu perfil no Twitter lamentando a morte do marido.
“David era um ser humano extraordinário, um pai e um marido amoroso e um lutador incansável pelos direitos humanos e pela democracia. Sua partida deixa um vazio impossível de ser preenchido. Sentiremos sua falta todos os dias”, escreveu Greenwald.
A morte de David Miranda causou grande comoção entre políticos, ativistas e personalidades públicas.