Na tarde da última segunda-feira (09), uma discussão entre os vereadores Ivonete Ludgério (PL) e Rostand Paraíba (PP) interrompeu a sessão na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG). Os parlamentares, que integram as bancadas de situação e oposição, respectivamente, discutiram após Rostand usar a expressão “quem mente rouba” ao citar o prefeito Bruno Cunha Lima e chamar Ivonete de “puxa-saco do prefeito”.
A parlamentar alegou ter sido agredida verbalmente e exigiu urgência na criação do Conselho de Ética da Casa. O líder da situação, Luciano Breno (PP), pediu que a expressão fosse retirada dos anais da casa. Ivonete, por sua vez, afirmou que os vereadores não poderiam “soltar” frustrações pessoais contra outras pessoas e que a expressão deveria ser mantida.
A discussão se acalorou quando Ivonete fez um comentário dirigido a Rostand, dizendo: “Me respeita, se quiser dizer as coisas, não diga pelas costas. Da favela que você veio, eu sou professora. Não preciso de marido para topar você. Você fica desmoralizando todo mundo. Veaco”.
O presidente da CMCG, Marinaldo Cardoso (Republicanos), suspendeu a sessão por 10 minutos para acalmar os ânimos dos vereadores. No entanto, após o intervalo, a discussão recomeçou e a sessão foi suspensa novamente, desta vez por tempo indeterminado.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões entre os internautas. Alguns criticaram a postura dos vereadores, enquanto outros defenderam a liberdade de expressão dos parlamentares.
A criação do Conselho de Ética da CMCG é uma demanda antiga de alguns vereadores e da sociedade civil, que defendem a necessidade de regulamentação das condutas éticas dos parlamentares e a responsabilização em casos de infrações.