De acordo com o Uol Notícias, os diplomatas brasileiros no exterior driblaram encontros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com líderes internacionais para evitar que o Brasil fosse alvo de constrangimentos e virasse piada no mundo.
Os embaixadores evitavam marcar reuniões de Bolsonaro com os líderes estrangeiros, como presidentes e primeiros-ministros, em cúpulas em que o ex-presidente fossem convidado.
Esse movimento fazia parte de ordens internas para “contenção de danos”, reduzindo os riscos de crises, desgastes e vergonhas em âmbito internacional.
Para aniquilar os questionamentos, os diplomatas alegavam que não haviam obtido respostas aos pedidos.
Um dos casos de constrangimento aconteceu no Japão, em Shinzo Abe. Bolsonaro estava reunido, dentre outras autoridades, com o então primeiro-ministro do país. Em Davos, o ex-presidente brasileiro fez um comentário sobre uma ex-namorada do líder asiático, deixando um clima tenso de silêncio na sala.
Todos esses fatores contribuíram para o isolamento do Brasil durante a gestão de Bolsonaro, visto, até mesmo, que convites por parte dos estrangeiros eram incomuns, quando não considerando os líderes da extrema-direita, que simpatizavam com o ex-presidente.