Nesta segunda-feira (27), em entrevista concedida à rádio CBN, Jackson Macêdo, presidente estadual do PT, afirmou que a deputada estadual Cida Ramos é a preferência da militância para a candidatura à Prefeitura de João Pessoa em 2024, devido à sua identidade com o partido e suas raízes. Ele ressaltou que essa é uma percepção pessoal, mas que acredita que o nome do partido deve representar a militância, as minorias e o legado petista.
Jackson, porém, ressaltou que admite o valor que o deputado estadual Luciano Cartaxo tem, mas afirmou que Cida Ramos é a que mais representa as lutas da militância do partido: “Eu vejo muita sintonia com a candidatura da companheira Cida Ramos. É algo que eu percebo, e não estou cravando nada disso, mas eu percebo uma vontade de dizer que, se vai ter candidatura, a companheira Cida Ramos é uma pessoa que a gente tem mais identidade, pela história dela, e que nunca abandonou esse campo”.
Veja também: PT se reúne em João Pessoa e define critério para escolha de candidato na capital; confira
Luciano Cartaxo, pré-candidato à prefeitura de João Pessoa, por sua vez, rebateu as declarações de Jackson Macedo, afirmando que ele deveria fortalecer o Diretório Estadual ao invés de opinar sobre a candidatura municipal. Cartaxo também criticou a relação de Jackson com a gestão do atual prefeito e a condução das articulações políticas do PT na Paraíba, afirmando que ele tem o objetivo de entregar o partido à Cícero Lucena (PP).
Macêdo utilizou de uma entrevista concedida ao programa 60 Minutos, da Rádio Arapuan FM, para conceder a réplica de resposta sobre o caso. O presidente estadual do PT afirmou que foi surpreendido pela nota de Cartaxo e disse:
“Eu não entendi a nota do deputado. É importante deixar claro que eu não declarei apoio a ninguém, eu apenas constatei um fato. Entre essas duas figuras do nosso partido, a deputada Cida Ramos e esse deputado estadual, todo concordam que quem mais tem dentro da política com a luta progressista, com um campo democrático popular, com a história da esquerda, com movimento LGBT, com movimento de pessoas com deficiência, com a luta no campo popular, na cidade, no nosso estado, no movimento estudantil, uma pessoa que vem da esquerda, não tenho a menor dúvida que é a deputada Cida Ramos”, afirmou.
Veja também: Instituto faz pesquisa eleitoral em João Pessoa e desconsidera Nilvan Ferreira; confira os números
E ao ser provocado a respeito de Cartaxo não representar o PT, ele disse: “Eu fiz uma constatação, histórica, tranquila, falei do valor que o deputado Luciano Cartaxo tem. Não cravei nada, disse que vai ter uma prévia no PT, que está marcada para o dia 21 de janeiro, que os filiados vão decidir, não decidi nada, não coloquei nenhuma posição em relação a isso e terminei a entrevista. Quando cheguei no PT, tinha uma nota desse rapaz, desse cidadão, me atacando, atacando o PT, atacando meu irmão, que nada tem a ver com a história, me chamando de vendido ao atual prefeito de João Pessoa, sem mostrar o recibo”.
Jackson seguiu lançando acusações sobre Cartaxo: “Então, se o fato que eu disse na entrevista machuca ele, dói nele, é problema dele, eu não tenho nada a ver com isso. O histórico de Cida é uma coisa que ninguém tira. Cida estava recentemente na parada LGBT, depois de toda aquela polêmica que um vereador aqui de João Pessoa fez, onde ele (Luciano Cartaxo) estava? Onde ele estava na campanha de Haddad em 2018? Toda a campanha contra Bolsonaro, onde ele estava? Eu desafio me mostrarem uma foto desse cidadão fazendo campanha para Haddad em 2018. Eu sei onde Cida estava: estava com a gente nas ruas, no sol, na luta, com a sua deficiência, mas ali, com a gente”, alfinetou.
Veja também: PT de João Pessoa toma decisão definitiva sobre as eleições de 2024; confira
E finalizou: “Se você fizer um histórico, eu não quero saber qual é a pauta que ele defende, eu sei quais são as pautas que a deputada Cida Ramos defende, eu, até agora, estava com uma postura diplomática, de neutralidade, até como presidente do PT eu não poderia assumir uma postura de lado nessa disputa, mas a partir de agora eu tenho uma lado. Eu sempre tive lado. Quando esse senhor, no dia 17 de setembro de 2015 abandonou o PT chamando a gente de anto de corrupção, eu entreguei meu cargo na prefeitura e fui para a sede do PT. Isso é ter lado. […] A partir de hoje estou totalmente sintonizado e faço campanha para Cida”.
Foto de capa: Divulgação/Reprodução/Imagens disponíveis na internet.