8 de janeiro: O dia em que a Democracia se mostrou soberana; relembre

8 de janeiro: O dia em que a Democracia se mostrou soberana; relembre

Resistir aos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos três Poderes em Brasília foi mais uma demonstração de resistência da Democracia brasileira. Insatisfeitos com os resultados das eleições gerais de 2022, que elegeram Lula (PT) como presidente da República, um grupo de milhares de extremistas se juntaram uma semana após a posse presidencial para depredar as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, causando um grande prejuízo financeiro e histórico para o país.

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A princípio, os movimentos que ocorriam desde a fase final das eleições eram os acampamentos de eleitores do ex-presidente Bolsonaro (PL) em frente aos quartéis-generais do exército em todo o país. Esses grupos solicitavam intervenções militares para que tomassem o Poder Executivo brasileiro e reconquistassem o comando nacional. As manifestações, já não tão pacíficas, desencadearam nos ataques em Brasília.

Já existia uma expectativa de acontecer uma caminhada desses manifestantes pela capital do país, protestando contra a posse de Lula, mas o combinado com os policiais militares que articularam a segurança e controle do evento com os organizadores era de que eles não adentrariam à Praça dos Três Poderes.

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Os extremistas partiram do quartel-general do Exército em direção ao Congresso Nacional por volta das 13h, onde caminhariam 7 quilômetros para chegar ao destino, com escolta da Polícia Militar.

Às 14h, o grupo de extremistas rompiam a primeira barreira policial com cerca de 30 PMs na altura da Catedral de Brasília, cerca de 1,5 quilômetro do Congresso. Neste momento, as reações dos policiais são iniciadas, tentado dispersar o grupo com spray de pimenta, não obtendo sucesso. Às 14h43 a segunda barreira, com mais 30 policiais, foi rompida, à apenas 200 metros do Congresso. A PM tenta conter o grupo com bombas de gás lacrimogênio, mas não obtém êxito. Após isso, os invasores se separam em grupos e entram no Palácio do Planalto, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional.

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Após destruírem portas, vidraças, itens históricos e tentarem tomar o Poder brasileiro por meio de um golpe de estado, às 17h as forças de segurança começaram a tirar os invasores do Congresso, onde os danos comeram R$ 2,7 milhões na Câmara, e R$ 3,5 milhões no Senado.

Às 17h52 o STF foi retomado pelas forças de segurança. Em sua sede, o prejuízo foi de R$ 12 milhões, com 950 itens furtados, quebrados ou destruídos. Apenas às 20h as sedes dos três Poderes foram esvaziadas. Apenas no dia 8 de janeiro de 2023, no dia dos ataques, foram efetuadas 243 prisões. 44 PMs saíram feridos.

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Mas, como esperado, a Democracia brasileira venceu os ataques e se reestruturou, apesar de jovem e ainda um pouco frágil, ela resistiu à mais uma tentativa de golpe que ficará marcada vergonhosamente na história do Brasil.

Para 2024, precisamente um ano após o ataque extremista, o Governo Federal convoca uma cerimônia para relembrar os atos antidemocráticos. Todos os governadores do país foram convidados, mas 8 deles não participarão: Tarcísio de Freitas (Republicanos – São Paulo); Ibaneis Rocha (MDB – Distrito Federal); Gladson Cameli (PP – Acre); Paulo Dantas (MDB – Alagoas); Ronaldo Caiado (União Brasil – Goiás) Mauro Mendes (União Brasil – Mato Grosso); Eduardo Riedel (PSDB – Mato Grosso do Sul); e Ratinho Jr. (PSD – Paraná).

 

 

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