Era grande a expectativa do PT da Paraíba quando convidou o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, para voltar ao partido e disputar, nas eleições 2022, o cargo de deputado estadual.
Com a memória política do eleitor ainda fresca após dois mandatos à frente da Prefeitura da capital, a proposta era que Cartaxo entrasse na chapa do PT como um puxador de votos, garantindo seu resultado natural expressivo e, assim, ajudando a eleger outros candidatos do partido.
Diferentemente do que se propunha, o ‘apurado’ de Cartaxo foi uma decepção para o PT da Paraíba. Além de sequer conseguir se eleger sozinho, seu resultado foi tão aquém do esperado que ele na verdade puxou a chapa para baixo, impedindo que o PT conseguisse eleger mais um parlamentar.
Com 22.272 votos, o ex-prefeito de João Pessoa só conseguiu se eleger por conta da sobra do partido. O que chama ainda mais atenção não são os números isolados daquele pleito, mas o comparativo com sua última votação para deputado estadual, em 2010, num universo onde o eleitorado era maior e anterior ao seu principal cargo político já alcançado.
Doze anos depois (data do pleito de 2022), Luciano Cartaxo ficou menor. O ex-prefeito de João Pessoa foi eleito em 2010 com 24.296 votos, mais de 2 mil votos a menos na conta.
Ao observar a votação do petista somente na capital paraibana é possível perceber que a situação é ainda mais grave. Em 2010, Cartaxo obteve 16.619, contra 16.151 desta eleição. E o que esperar dele para o pleito vindouro? A resposta é nada! O Partido dos Trabalhadores, em sua maioria, confere à deputada estadual Cida Ramos a representante legítima para pleitear a vaga no Executivo Pessoense.
E como a memória faz bem às pessoas, em 2015 Cartaxo deixou a legenda petista após quase 20 anos filiado à sigla, alegando que o partido estava envolto em um mar de lama.