Candidatos negacionistas abraçam teorias de fraude eleitoral nos EUA

Candidatos negacionistas abraçam teorias de fraude eleitoral nos EUA

Num repeteco do que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez em 2020, os negacionistas que propagam mentiras sobre as eleições de meio de mandato no país e intimidam eleitores tornaram-se o maior pesadelo do presidente americano. Fomentam a fidelidade à chamada “Grande Mentira”, promovida pelo ex-presidente americano sobre a sua derrota eleitoral.

As pesquisas indicam que os democratas devem perder o controle da Câmara para os republicanos e que a disputa pelo Senado ainda está em aberto. Biden alertou, mais uma vez, na quarta-feira, que a democracia está sob ataque, e ele está certo.

A pesquisa New York Times-Sienna College de outubro mostrou que 71% dos eleitores registrados compartilham dessa ideia. O presidente responsabilizou o antecessor Donald Trump por alimentar divisões no país e estimular o negacionismo eleitoral.

Os candidatos que abraçam as falsas teorias de fraude são apoiados pelo ex-presidente e se encontram justamente nos estados que decidirão quem controlará a Câmara dos Representantes e o Senado: Pensilvânia, Arizona, Michigan, Flórida, Texas, Wisconsin e Geórgia.

Nos cálculos do Brooking Institution são 249 candidatos negacionistas, todos republicanos. Biden contabilizou 300, mais da metade dos que concorrem ao Congresso. Concorrem apenas para ganhar, sugerindo que, se forem derrotados, não aceitarão os resultados.

As mentiras sobre a veracidade das eleições de meio de mandato se alastram em velocidade galopante nas mídias sociais. Uma análise do site Politico nas redes Twitter, Facebook e em plataformas marginais – que não moderam o conteúdo – revelou a adulteração das cédulas e a privação dos direitos de eleitores de direita como as principais acusações inverídicas.