Um estudo preparado pela LCA Consultoria para a FBH (Federação Brasileira de Hospitais) indica que o novo piso salarial nacional da enfermagem pode provocar demissões de profissionais de saúde e o fechamento de centenas de hospitais privados. Neste cenário as entidades privadas de saúde teriam que demitir 164.966 pessoas para compensar o impacto que o piso salarial causaria, o equivalente a 12,8% dos postos de trabalho na área.
Do total, mais de 79.000 desligamentos ocorreriam em negócios de saúde privados e outros 85 mil, em entidades sem fins lucrativos.
Em 2022, foi aprovada a lei 14.434, que fixou em R$ 4.750 por mês o piso salarial para enfermeiros. O então presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o projeto. O Legislativo chegou a aprovar também duas emendas constitucionais relacionadas ao tema (a emenda 124 e emenda 127) para garantir a implantação do salário mínimo para enfermeiros.
Contudo, a adoção do novo valor de R$ 4.750 foi barrada por uma decisão do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, num processo movido pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde). O plenário do STF validou a decisão de Barroso em setembro de 2022.
O ministro solicitou informações de governos e entidades sobre a viabilidade do financiamento. Agora, o processo aguarda nova decisão de Barroso após análise dos dados que vai receber.