Polícia Federal investiga se ex-ministro de Bolsonaro agiu para interferir fluxo de eleitores de Lula

Polícia Federal investiga se ex-ministro de Bolsonaro agiu para interferir fluxo de eleitores de Lula

A Polícia Federal está investigando uma viagem realizada pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres à Bahia em outubro do ano passado. Na justificativa oficial, Torres alegou que foi até a região discutir reforços nas equipes policiais para combater crimes eleitorais. Entretanto, as suspeitas, conforme apurado pelo Correio Braziliense, são de que ele tentou persuadir a superintendência da PF no estado para atuar junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir a chegada de eleitores até as urnas no segundo turno das eleições.

As investigações da PF descobriram um documento de inteligência, produzido pelo ministério liderado por Torres, com mapa detalhado dos locais onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu o primeiro turno das eleições de 2022. Segundo a apuração da PF, o objetivo era impedir que os eleitores dessas regiões votassem na segunda etapa do pleito, em 30 de outubro.

De acordo com as investigações, Torres solicitou ampliação de operações visando o transporte coletivo de eleitores. Na PF, o pedido dele teria sido ignorado, algo que não ocorreu na PRF. Em nota, a defesa de Torres disse que assumiu o caso há pouco tempo e ainda não tem informações para se manifestar sobre o caso. Denúncias de eleitores, publicadas nas redes sociais no dia 30 de outubro, revelam dezenas de operações que causaram bloqueios e lentidão no trânsito nos estados do Nordeste.

Algumas publicações dizem que os ônibus onde estavam pessoas vestidas com roupas vermelhas, cor usada pelo PT, eram os alvos principais de abordagens. As ações também teria sido executadas pela Polícia Militar em algumas regiões e combinada em grupos na internet, recomendando que eleitores bolsonaristas fossem votar até o meio-dia, pois as operações se intesificariam no período da tarde, com a intenção de atrasar eleitores e impedir que votassem. O objetivo seria beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que disputava a eleição.

Política Cariri com Correio Braziliense

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *