Brasil e China anunciaram recentemente a criação de uma coordenação bilateral para lidar com as mudanças climáticas. O acordo foi celebrado durante uma reunião entre o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Joaquim Leite, e o ministro de Ecologia e Meio Ambiente da China, Huang Runqiu.
A coordenação tem como objetivo promover a cooperação entre os dois países em relação ao desenvolvimento de tecnologias verdes, gestão de resíduos, conservação da biodiversidade, preservação de florestas e implementação de metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.
Os dois países são os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo e ambos os países se comprometeram a reduzir suas emissões como parte do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas. O acordo, assinado em 2015, visa limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e fazer esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius.
A criação da coordenação entre Brasil e China é uma medida importante para enfrentar os desafios da mudança climática global, uma vez que a cooperação entre os países é fundamental para o sucesso do Acordo de Paris. Além disso, a coordenação bilateral entre os dois países pode ter um impacto significativo na redução das emissões globais de gases de efeito estufa, já que juntos, Brasil e China representam cerca de 28% das emissões globais.
O Brasil tem um papel fundamental no combate às mudanças climáticas devido à sua grande área de floresta tropical, que é responsável por absorver grande parte das emissões globais de CO2. A preservação da Amazônia é, portanto, crucial para a mitigação das mudanças climáticas. A China, por sua vez, é um grande consumidor de commodities, incluindo soja, carne e madeira, e sua demanda por esses produtos têm contribuído para o desmatamento na Amazônia brasileira. A cooperação entre Brasil e China pode, portanto, ajudar a reduzir o desmatamento e as emissões emitidas.
Embora a criação da coordenação seja um passo importante, ainda há muito a ser feita para enfrentar as mudanças climáticas. A cooperação internacional é crucial, mas é necessário que cada país assuma a responsabilidade de reduzir suas próprias emissões de gases de efeito estufa e implementar políticas ambientais eficazes.