Por: Política Cariri
O assunto que rodeia Campina Grande nos últimos meses é a conjuntura política que se forma, não antes imaginada: o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) em um mesmo palanque. Vital do Rêgo e Cunha Lima juntos. Isso surpreendeu muita gente, inclusive, o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) que através do seu silêncio e encontro com lideranças da oposição, manifesta, em alguma medida, sua insatisfação com tal movimentação.
Os ânimos estão aflorados. Romero, mentor de Bruno, se distancia a cada dia. Olhos interessados no porte político do ex-prefeito já se animam com a possibilidade, por enquanto descartada, de uma eventual candidatura sua à Prefeitura Municipal de Campina Grande ano que vem. Ainda recatado, ele afirma preferir pensar em seu mandato na Câmara Federal e que 2024 está longe. Mas a contagem regressiva começou: daqui um ano acontece o primeiro turno das eleições municipais.
Nos próximos meses a base do govenador João Azevêdo (PSB) vai definir qual será o nome do grupo para o pleito. O deputado estadual Inácio Falcão (PCdoB), o advogado André Ribeiro (PDT) e o secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra (PSB), são as principais opções. Uma eventual candidatura da senadora Daniella Ribeiro (PSD) também está em pauta.
O Republicanos, partido liderado por Hugo Motta, Adriano Galdino e Wilson Santiago, vai continuar insistindo na tese de candidatura de Romero e caso essa articulação não prospere marchará com o candidato defendido por João Azevêdo.
Esse agrupamento de oposição ao prefeito Bruno Cunha Lima comandado pelo governador conta com os seguintes partidos: Republicanos, Progressistas, PDT, PT, REDE, PMN, Agir, PSB, PV, PSOL, PSD, PCdoB e Solidariedade. Além de João Azevêdo e o grupo Galdino, devem influenciar na tomada de decisão o clã Ribeiro — Aguinaldo, Daniella e Lucas —, a família Feliciano composta por Damião e Lígia, e as maiores forças de esquerda do município: Jô Oliveira (PCdoB) e Inácio Falcão.
Com projeção de participar da coligação em prol da reeleição de Bruno o MDB de Veneziano, que deve indicar Ana Cláudia Vital para vice, o Cidadania que está na federação com o PSDB do grupo Cunha Lima, o Avante presidido agora pelo prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, além do União Brasil, partido deve receber a filiação do prefeito.
Alguns partidos faltando 365 dias para a eleição ainda não tem posição marcada. Como o próprio Podemos de Romero Rodrigues, legenda que abriga também a família Gadelha e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Quanto ao PL há uma tentativa de apresentar Bruno Roberto como candidato a prefeito, mas até agora sem êxito. PTB, DC, PRTB, PMB, Patriota e UP seguem alheios ao debate de 2024.
A eleição na Rainha da Borborema ganha contornos emocionantes e tende a ser mais disputada que os pleitos de 2004 e 2008 (Veneziano x Rômulo Gouveia), a depender dos próximos passos dados por partidos, pré-candidatos e seus grupos 365 dias passarão rápido na disputa pelo comando da segundo maior cidade da Paraíba e que exerce grande influência política no Estado. Fica ligado, que 2024 é logo ali.
Foto de capa: Divulgação/Reprodução/Imagens disponíveis na internet.