Na manhã desta terça-feira, dia 19 de março de 2024, o vereador Anderson Pila apresentou em entrevista os argumentos que levaram os vereadores de Campina Grande a instaurarem duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI). Segundo o vereador, uma das comissões instauradas terá como principal objetivo investigar os indícios de irregularidades dentro do Programa Saúde de Verdade.
Pila destacou que o governo municipal optou por não aderir ao programa semelhante oferecido pelo governo federal de forma gratuita, preferindo desembolsar cerca de 13 milhões de reais. Essa escolha, segundo ele, estaria relacionada aos possíveis problemas no processo licitatório, que necessitam de uma investigação aprofundada.
“O governo municipal abre mão em um certo tempo de ter o mesmo programa cedido pelo governo federal de forma gratuita para poder pagar aproximadamente 13 milhões de reais, por que? porque há indícios dentro de seu processo licitatório de irregularidade e quando há uma irregularidade ela tem que ser verificada e isso dentro do próprio relatório do tribunal de contas, cita-se isso aí”, disse.
O vereador explicou que a dinâmica da CPI é diferente da análise técnica realizada pelo Tribunal de Contas, já que a CPI tem o propósito de realizar uma investigação mais minuciosa e aprofundada, visando esclarecer se houve distorções no processo licitatório em benefício de alguma empresa.
Pila também levantou críticas em relação à empresa que foi contratada para executar o Programa Saúde de Verdade, sugerindo que ela não teria a expertise necessária para atuar na área da saúde. Segundo suas palavras, a empresa foi apresentada como a solução para os problemas de saúde em Campina Grande, mas acabou contribuindo para mais atrasos e dificuldades no sistema de saúde local.