Os dados sobre o desemprego foram revelados, o levantamento foi realizado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e indica o crescimento do desemprego no país, quando comparado ao trimestre anterior. Porém, esses dados têm sido utilizados de maneira errônea como massa de manobra. Entenda:
Os dados coletados demonstram que de fato, o desemprego cresceu a nível nacional, sendo 16 unidades da federação com aumento desse índice e 11 em estabilidade, isso quando comparado com o trimestre anterior, que compreende os meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, últimos meses de mandado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo 7,9% de desemprego no período mencionado, contra 8,8% agora.
Mas prender-se a essa perspectiva rasa, direcionaria-se ao erro, visto que cada trimestre tem as suas características econômicas e que estes três primeiros meses do ano compreendem o menor índice de desemprego desde 2015 (Uol), quando comparado com o mesmo período.
O 4º trimestre de cada ano representa, geralmente, um menor desempenho dos índices de desemprego no Brasil, isso é justificado pela enxurrada de empregos temporários que aparecem no final do ano, por exemplo, no setor comercial de oferta de bens e serviços.
Portanto, comparar os dados do desemprego entre esses dois últimos semestre, sem considerar os fatores mencionados, é um fato praticamente irreal, visto que a economia não se baseia apenas no: “aumentou” ou “diminuiu”; mas sim no “por que aumentou” ou “por que diminuiu”.