Após quase 6 anos do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, o deputado federal paraibano Cabo Gilberto Silva (PL), lamentou a morte da líder de esquerda, tentando imergir na narrativa de que Domingos Brazão, apontado em delação premiada como suposto mandante do assassinato, seria ligado à esquerda brasileira.
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Porém, por trás da fotografia que tem reforçado a tese, em que mostra Domingos com um adesivo político da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na tentativa de reeleição em 2014, aparece o fato de que Brazão participou da campanha no Rio de Janeiro pelo fato de a família Brazão ser ligada a Eduardo Cunha, que posteriormente derrubou Dilma do cargo.
Vale lembrar, para além disso, que a mesma família Brazão que fez campanha para a ex-presidente, participou ativamente das campanhas para eleger o ex-presidente Jair Bolsonaro em seu reduto eleitoral na Zona Oeste do Rio de Janeiro, apontado como o berço das milícias cariocas.
Com isso, não se vê brechas para consolidar de fato qual a ideologia política do acusado, mas o bolsonarismo tenta sustentar a tese de que Brazão é de direita baseando-se na foto com um adesivo e Dilma, e, por outro lado, a esquerda, tenta ligá-lo ao bolsonarismo, porém, isso apenas as investigações poderão dizer.
Publicação de Cabo Gilberto:
Em seu perfil do instagram, o deputado publicou uma foto da ex-vereadora assassinada, em preto e branco, e escreveu: “Meus mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos de Marielle Franco. Vítima de um sistema sem escrúpulos e doente pelo poder. Usada e traída em vida e também após sua morte. Lutou pela esquerda, defendeu as causas da esquerda e foi morta pela esquerda. Fizeram palanque político em cima do cadáver que eles mesmos mataram. COVARDES. Usada para criação de narrativas e fake news. Agora provavelmente será esquecida. Não será mais útil para o sistema”, escreveu.
Foto de capa: Divulgação/Reprodução/Imagens disponíveis na internet/Ô Paraíba Boa;/Autor não identificado.