O anúncio do condomínio residencial “Bolsonaro Beach” na Praia de Tabatinga, a cerca de 147 km de João Pessoa, tem gerado intensas discussões e controvérsias na região. O projeto, liderado pelo empresário natalense Fabiano Galvão, propõe a criação de um local de moradia exclusivo para eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, do partido Liberal (PL).
O empreendimento, que tem previsão de entrega no primeiro semestre de 2024, contemplará 16 chalés em uma área total de mais de 2,2 mil metros quadrados. Cada chalé será numerado de 1 a 17, com exceção do número 13. Segundo Galvão, o critério de seleção para ingressar no condomínio é ser de direita e compartilhar os mesmos valores e princípios políticos.
Em entrevista ao Portal da 98 FM, o empresário destacou sua intenção de criar um ambiente harmonioso e livre de conflitos políticos. “Não quero petista perto de mim lá. Quero fazer um condomínio bacana para as famílias. Não quero gente de esquerda lá. Não vai ter vizinho problemático. Todo mundo respeita os valores, a igreja. Somos um só. O critério (para entrar) é ser de direita. Não quero petista perto de mim”, afirmou Galvão.
À medida que o lançamento do “Bolsonaro Beach” se aproxima, espera-se que o debate se intensifique, envolvendo diferentes atores sociais, políticos e jurídicos. A decisão final sobre a legalidade e viabilidade do condomínio exclusivo para eleitores de Bolsonaro será fundamental para definir os limites da autonomia dos empreendedores e o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos.
Enquanto isso, a Praia de Tabatinga segue sendo o cenário de um embate entre aqueles que defendem a criação de um espaço político homogêneo e os que consideram essa segregação como um retrocesso social. O desfecho dessa polêmica poderá influenciar o panorama dos debates sobre diversidade política e a convivência democrática no país.