Senador Flávio Bolsonaro e vereador Rômulo Quintino, ambos do partido PL, foram condenados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgar vídeos que associavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao demônio nas eleições de 2022. A decisão do TSE vem em meio a um cenário de polarização política, no qual a disseminação de informações falsas tem sido uma prática recorrente.
A condenação ocorreu após Cascavel, um dos apoiadores da campanha de Bolsonaro, gravar um vídeo no qual tirava uma fala de Lula de contexto. Na frase, o ex-presidente dizia “Eu estou falando com o demônio e o demônio está tomando conta de mim”. Flávio Bolsonaro compartilhou o vídeo e incentivou seus seguidores a enviá-lo para líderes religiosos, questionando-os sobre suas opiniões em relação ao suposto “relacionamento com o demônio” de Lula.
A Justiça eleitoral considerou a divulgação dos vídeos uma forma de disseminação de informações falsas, condenando os dois políticos a pagar multas no valor de R$ 5 mil. A decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal foi tomada após considerarem a conduta dos políticos como uma violação à Lei Eleitoral, que proíbe a divulgação de informações falsas durante a campanha eleitoral.
A polarização política no Brasil tem sido um terreno fértil para a disseminação de informações falsas, muitas vezes usando o argumento religioso para justificar suas posições. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a Justiça não pode fazer política do avestruz, fingindo que algo não aconteceu. É importante que os políticos e a sociedade em geral tenham consciência da importância da veracidade das informações para o bom funcionamento da democracia e da justiça.