Campina Grande vive, neste segundo turno, um ambiente político permeado por um forte sentimento de mudança. A cidade, historicamente dominada pela influência do clã Cunha Lima, viu-se surpreendida com a ascensão de Dr. Jhony Bezerra, um candidato que, até pouco tempo atrás, era considerado uma incógnita com poucas chances de avançar. No entanto, a população parece estar cansada da velha política e busca renovação.
A frustração do prefeito Bruno Cunha Lima e de seu grupo político é evidente. Eles esperavam resolver a disputa já no primeiro turno, confiantes em um aparato político e tradicional. Entretanto, o fato de terem sido forçados a disputar o segundo turno criou possibilidade de uma maior exposição das vulnerabilidades que a atual gestão enfrenta. A falta de obras estruturantes marcantes no mandato de Bruno é um dos maiores pontos de desgaste. Sem projetos de grande envergadura para mostrar ao eleitorado, o discurso da continuidade perdeu força diante de uma população que demanda resultados concretos e melhorias visíveis no dia a dia.
Além disso, a gestão de Bruno enfrentou diversos problemas administrativos ao longo de seu mandato, o que ajudou a alimentar o sentimento de insatisfação entre os eleitores. Desde dificuldades na área de saúde até questões relacionadas aos servidores públicos, a administração foi marcada por críticas constantes. A combinação entre a ausência de realizações estruturais e os problemas de gestão tornou-se um fardo pesado para o grupo de Bruno, que agora luta para conter o avanço do sentimento de mudança. Isso é tão evidente que o atual prefeito conseguiu ter menos votos em 2024 do que teve em 2020.
Esse cenário cria uma atmosfera de incerteza para o desfecho da eleição, mas o clima de renovação é palpável. Campina Grande acena com o desejo de mudança, representado por Jhony Bezerra. A insatisfação popular pode ser o fator decisivo, e a cidade caminha para uma escolha que pode marcar o início de uma nova era em sua história política.