PL diz que Sérgio Moro se beneficiou de caixa dois nas eleições do ano passado e ingressa com ação

PL diz que Sérgio Moro se beneficiou de caixa dois nas eleições do ano passado e ingressa com ação

O partido de Jair Bolsonaro, o PL afirmou à Justiça que o senador diplomado Sérgio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz declarado suspeito da antiga Operação Lava Jato, cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou de caixa dois nas eleições do ano passado. Em ação judicial, a legenda diz que Moro, antes de anunciar a candidatura ao Senado pelo União Brasil, foi pré-candidato a presidente pelo Podemos.

De acordo com o partido de Bolsonaro, essa pré-candidatura foi um “estratagema pernicioso” para o ex-juiz arrecadar mais dinheiro. O PL afirmou que, somando-se os gastos da pré-campanha com os da campanha do parlamentar, o custo teria sido de R$ 6,7 milhões. O teto da campanha ao Senado era de cerca de R$ 4,4 milhões, disse o PL na ação. Ou seja, Moro teria arrecadado cerca de R$ 2,3 milhões acima do permitido na legislação.

“O conjunto das ações foi orquestrado de forma a, dentre outras irregularidades, usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente”, continuou.

Segundo o PL, houve “arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas”, que “passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral”.

O processo foi aberto no dia 23 de novembro do ano passado, mas estava sob segredo de Justiça. O sigilo foi revogado no dia 17 de janeiro pelo desembargador Mário Helton Jorge, relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

Em nota, SérgioMoro disse que aguarda a notificação judicial. “Eu e meus suplentes ainda aguardamos ser notificados pela Justiça Eleitoral. Daquilo que vi pela imprensa, porém, percebo tratar-se de uma ação feita em parceria pelo PL/PR e Podemos, ou seja, entre o segundo e terceiro colocados derrotados, atendendo aos interesses de uma nova eleição e do PT. Puro desespero dos perdedores e de quem teme nosso mandato”, disse

“Vejo que o PL/PR emprestou seu nome e o Podemos entrou com os seus advogados e com documentos internos vazados ilegalmente. Renata Abreu, Fernando Giacobo, Álvaro Dias e Paulo Martins são os responsáveis!”, continuou.

“Todavia, nada temo. Sei da lisura das minhas ações, suplentes e fornecedores. Não houve aplicação ilegal de recursos, tampouco caixa2, triangulação ou gastos além do limite, como sugerem provar apenas com matérias de blogs e notícias plantadas. A ilustrar o absurdo da ação encontra-se a afirmação fantasiosa de que a pré-candidatura presidencial teria beneficiado minha candidatura ao Senado quando foi exatamente o oposto, tendo o abandono da corrida presidencial gerado não só considerável e óbvio desgaste político, mas também impacto emocional”, acrescentou.

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