Planos de saúde individuais ficarão 9,63% mais caro, o dobro da inflação

Planos de saúde individuais ficarão 9,63% mais caro, o dobro da inflação

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu um aumento máximo de 9,63% para os planos de saúde individuais. Esse reajuste é válido no período de 1º de maio deste ano até 30 de abril de 2024.

Atualmente, existem 8,9 milhões de usuários de planos individuais no mercado, o que representa 17,5% do setor. O cálculo levou em consideração um IPCA expurgado (sem planos de saúde) de 5,73% e uma variação de despesas assistenciais (VDA) de 12,69%, além de indicadores de variação de reajuste por faixa etária. A expectativa do mercado era de que o aumento ficasse em torno de 10%.

No ano passado, o reajuste foi de 15,5% — o mais alto da história do setor — como consequência da retomada dos procedimentos médicos com o arrefecimento da pandemia. Em 2021, o preço dos planos de saúde individuais teve uma diminuição inédita de 8,19%. O reajuste de 2023 é visto pelas operadoras como um ajuste de contas após dois anos de desequilíbrio. O setor reclama que o aumento de 15,5% em 2022 foi feito sobre um preço 8,19% menor e foi insuficiente para cobrir a retomada dos procedimentos médicos.

Entre as grandes operadoras com maior volume de clientes de planos individuais está a Hapvida, com 30% de seus usuários concentrados nessa modalidade. As cooperativas médicas também possuem um número maior desses clientes em comparação com outras operadoras. Já as seguradoras têm o menor volume de planos individuais.

Diferentemente dos planos empresariais, em especial os de pequenas e médias empresas (PMEs), o convênio médico individual não cresceu durante os últimos três anos de pandemia e permaneceu em cerca de 9 milhões. O reajuste dos planos individuais é menos da metade do percentual aplicado nas outras modalidades, que possuem negociação livre entre as operadoras e os clientes.

Os convênios médicos adquiridos por pequenas e médias empresas (com até 30 usuários) estão sendo reajustados entre 16,7% e 24,9%. Essa modalidade de convênio médico é a que mais cresce no setor e já representa cerca de 13% da base total, o equivalente a 6,8 milhões de usuários, segundo um levantamento feito por analistas de um banco que acompanham esse mercado.

Já nos planos coletivos por adesão, com 6,1 milhões de clientes, o reajuste deste ano ficou em 23%. O volume de usuários desse produto, adquirido por meio de entidades de classe, teve um comportamento semelhante ao dos planos individuais, permanecendo no mesmo patamar desde o início de 2020.

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