As cúpulas de Republicanos e Progressistas começaram a discutir a possibilidade de formar uma federação partidária. Segundo a Folha apurou, as conversas ainda estão em fase inicial, mas cardeais das legendas se reuniram para tratar do tema nas últimas semanas.
A união entre os dois partidos poderia criar uma bancada de 90 deputados na Câmara, ficando atrás apenas do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente tem 98 cadeiras na Casa. No Senado, a federação reuniria 10 representantes.
Os principais expoentes no PP e no Republicanos são o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, respectivamente.
A possibilidade de uma federação entre as duas siglas já havia sido cogitada em 2021, mas a executiva nacional do Republicanos enterrou a discussão. Em fevereiro do ano passado, o partido afirmou em nota que não se uniria a nenhuma outra legenda para as eleições de 2022 por decisão da maioria da bancada de deputados federais e dos presidentes estaduais do partido.
NA PARAÍBA:
Republicanos e Progressistas estão abrigados no ´guarda-chuva´ político do governador João Azevedo (PSB). A ´federação´ poderia consolidar a manutenção da aliança, já ´apalavrada´ para 2026 e que foi construída em 2022. Está sendo desenhada uma chapa com o vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas) candidato a governador, Azevêdo deixando o Governo do Estado para concorrer ao Senado ao lado do deputado federal Hugo Motta (Republicanos).
O ambiente pacífico entre as duas siglas atualmente é bem diferente do cenário pré-eleitoral do ano passado, quando a chegada do Progressistas causou estranhamento na base.