De acordo com a decisão judicial que decretou a prisão de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), os suspeitos de planejar o sequestro e a morte de autoridades, como o senador Sergio Moro (União Brasil), utilizavam códigos e codinomes para atrapalhar uma eventual investigação.
De acordo com a decisão da juíza Gabriela Hardt, da Justiça Federal do Paraná, o grupo criminoso deu ao senador o codinome “Tokio”. Uma troca de mensagens anexa ao documento expedido pela Justiça ainda mostra que o termo “sequestro” era substituído por “Flamengo”.
Os nomes de outros clubes de futebol eram usados pelos suspeitos para despistar as autoridades. “Fluminense” substituía a palavra “ação”. “Ponte Preta” também aparece na troca de mensagens, mas a investigação não conseguiu identificar o significado.
Outro código utilizado era “México”, como forma de substituir a referência ao estado de Mato Grosso do Sul. De acordo com a decisão, Janeferson Aparecido Mariano Gomes seria o encarregado pela organização, financiamento, planejamento e execução do sequestro de Sergio Moro.
A partir da quebra do sigilo telefônico e telemático do suspeito, a investigação constatou que “foi dele que partiu a mensagem com os códigos que permitiram descortinar o planejamento do sequestro do senador”.
“Em suas contas de e-mail, foram observados diversos arquivos descrevendo despesas para viagens, materiais, veículos, combustível, aluguéis etc., fazendo referência aos códigos “Flamengo“, “Fluminense”, “Tokio” e “México”, detalha a decisão.
Redação com Metrópoles